sábado, 29 de janeiro de 2011

seria

sorriso, mais um qualquer.

Nunca mais tinham tocado no assunto, minha mente estava acostumada ao novo, e tudo aquilo que já foi um dia, apenas estava guardado em uma caixa qualquer - que eu sequer sabia onde estava. Ao meu ver, tudo agora parece voltar e erguer um pouco mais a minha antiga vontade de ter tudo aquilo novamente. Mas não vai acontecer, e talvez até acabe.

O jeito seria matar.

sábado, 22 de janeiro de 2011

o que eu fiz agora

Começando sempre pela menina moça
Apoiando sempre o clichê alternativo.

Retrato o seu olhar,
Reparo o encontro,
Sobreponho a sua expectativa.

Concreto demais,
que nunca mais sai.

Encerro assim,
longe..


não de mim

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

estante de canto

o desabafo passo filtro com manteiga.

domingo, 16 de janeiro de 2011

morte

a menina não queria esmeraldas
a menina não queria diamantes
a menina não queria rubis
a menina não queria ouro
a menina não queria
a menina não
a menina
a menina não queria.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

passageiro


Quando passa, a imagem se reconstrói,
e a mente alucinada se joga do mais alto andar do edifício celeste.
Quando você passa, a imagem se reconstrói,
e a mente alucinada se joga do mais alto andar do edifício do seu corpo.
Outrora me lembrei, corroí seu cérebro em vão.
Outrora que não tem,
Corpo sem carne,
Pedido desastroso sem resposta.

Queima,

como vento.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

eu sei que não é

filho da puta, vai se foder, é isso que você tem a me dizer!

o sentimento


não causa dependência física, mas psicológica, podendo chegar a tal ponto em que o abandono de seu uso torna-se praticamente impossível.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

tanta coisa para uma pequena cabeça pensante


Deu uma vontade de eliminar a paisagem com camelôs vendendo suas muambas, e me enfiar em uma biblioteca pública para escrever. E cá estou. E é tão delirante esse ato de sentar, e digitar digitar digitar. Digitar apenas as palavras, deixando que elas dancem sozinhas, sejam elas com sentido, ou não. Errar uma vírgula, ou então, não saber como usá-la mesmo. Apostar em ideais sendo que eles nem existem. Encher a boca de princípios e jogá-los no lixo. Mostrar o peito viril cheio de coragem, e não ter coragem de usá-la. E continuar digitando, e lembrando momentos que passaram, que agora são passado. Ahh, e ter aquela vontade de que ou o passado voltasse à tona, ou que no futuro tudo se repetisse. Mas ter a certeza de que nem tudo volta, e algumas coisas repetem, e quando repetem, nunca repetem da mesma forma. E repetir as palavras mudando a intenção delas. E se sentir poderoso. E abusar do advérbio de intensidade e deixar escapar que a vida é tão bonita, tão arrogante, tão extraordinária, e ao mesmo tempo tão ordinária. Não utilizar parágrafos. Não dar ideia de começo, meio e fim. Não se importar com o que os outros irão achar quando lerem isso. Passar vergonha. Ir de cueca para o centro da cidade e gritar ao sete cantos qualquer coisa. Mostrar para as pessoas que ser acanhado é bom, mas que ser sem vergonha, abraçar qualquer um, conversar com um mendigo, assustar um pombo e dormir em uma livraria é muito, mas extremamente muito divertido. Convidar um amigo para fazer nada, e acabar tendo a vontade de abraçá-lo e agradecer por tudo, com o rosto cheio de lágrimas, é prazeroso e normal. Quebrar tabus, sair do perímetro de todo dia, olhar as formas que as nuvens tem, e saber enxergar por de trás do muro, e acreditar naquilo que está vendo! Desrespeitar as regras, usar e abusar de seu próprio corpo, ler, sentir culpa, confiar, sentir segurança e saber inovar. Não saber fazer uma referência bibliográfica, não ter a certeza do que você quer ou gosta, ter apenas trinta minutos e terminar depois de duas horas. Amar e não ser amado. Odiar e ser odiado. Fazer tudo errado. Receber uma bronca daquela pessoa que você tanto cuida. Decepcionar, e ser decepcionado. Achar que você tem a cura para os vícios do mundo, e que extraterrestres existem. Tratar com formalidade a tia da Banca do Jornal. Deixar o troco para o garçom. Levar a bolsa para uma pessoa no ônibus. Fazer amizade em uma praia. Ser gordo. Ser magro. Ser um livro. Ser uma manchete. E nunca ter a certeza do que é melhor, sabendo que talvez a solução seja arriscar, ainda que não tenha nada para ser solucionado. E continuar todos os dias aprimorando as formas de aplicar a felicidade de cada dia. E terminar sem saber.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

qualquer de novo

Esmeraldas guiarão a menina, e duas outras vidas se tocarão. Corpo com corpo ligados acharão que é só o momento, mas não, um afeto um carinho um gosto um apego um desejo uma paródia um olhar um toque uma vontade uma mania, e uma palavra irão comprovar que uma simples situação pode levar ao caos, e que isso tudo pode ser tão bom.

acrílico

ausente para a terra hoje
distante de ti e dos olhos dela
respira suspira,
renega e supera.
porque esse toque agora?
corra de mim.
eu não posso me ver através do espelho,
é forte demais para nós dois.

domingo, 2 de janeiro de 2011

prosa sem parar


falando diretamente da radio doooooooooooce américa
e estamos rindo semparar
dançando sem parar
cantando sem parar
desenhando sem parar
bodododod sem parar
sbs dbeh sem parar
sem parar.
rindo sem parar
escrevendo semparar
amando semparar
querendo semparar
esfumaçando semparar
continuando semparar
em frente semparar
vice
vivendo semparar
aqui semparar
ali semparar

sábado, 1 de janeiro de 2011

que não sai

gente gente gente gente, só um golinho a mais, por favor, ela implora..
gente, gente, gente, gente, gente, a vírgula.
a diferença
a vontade
a saudade
o retorno
o impulso
o repulso
o temer
o temor
o não sei
o sei mais
o não teu
o não meu
o nosso.